A aplicação de bancos de dados no setor público brasileiro é fundamental para a modernização e a eficiência da gestão pública. A plataforma GovData, por exemplo, atua como um sistema de integração de informações entre diferentes órgãos governamentais, permitindo o compartilhamento seguro e organizado de dados.  

Apesar da plataforma não ser um banco de dados, ela permite essa integração que otimiza a prestação de serviços públicos e facilita a formulação de políticas baseadas em evidências.  

Do mesmo modo, o uso de técnicas de Big Data tem permitido ao governo identificar problemas de forma mais precisa, melhorar o planejamento e alocar recursos de maneira mais estratégica e eficiente. 

Veja em nosso artigo o que é o banco de dados e como ele é aplicado no setor público. 

O que é banco de dados? 

Um banco de dados é uma coleção organizada de informações armazenadas eletronicamente para facilitar acesso, manipulação e análise. No setor público, esses dados podem incluir cadastros de cidadãos, históricos médicos ou registros de tributos, permitindo que governos operem com maior eficiência. 

Os bancos de dados são gerenciados por Sistemas de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBDs), como MySQL e Oracle. Dessa forma, esses sistemas estruturam os dados em formatos que otimizam consultas e atualizações, garantindo agilidade e precisão na manipulação de grandes volumes de informações. 

Qual banco de dados é o mais usado no setor público? 

Entre os sistemas mais utilizados na administração pública, destacam-se: 

  • Oracle Database: Popular pela segurança e escalabilidade, é usado em grandes projetos governamentais. 
  • PostgreSQL: Por ser de código aberto e flexível, é adotado em soluções mais econômicas. 
  • Microsoft SQL Server: Amplamente aplicado em instituições com alta demanda por segurança e integração. 
  • MySQL: Preferido em plataformas de menor custo, especialmente para aplicativos web. 

No Brasil, órgãos públicos frequentemente utilizam tecnologias baseadas nesses sistemas para suportar demandas robustas e assegurar conformidade com normas como a LGPD. 

Diferença entre banco de dados relacional e não relacional 

Os bancos de dados se dividem em dois principais tipos, dependendo da estrutura dos dados: 

  • Relacionais: Organizam informações em tabelas com linhas e colunas, usando SQL para consultas. São ideais para dados estruturados, como cadastros e transações financeiras. Exemplos incluem MySQL e Oracle. 
  • Não relacionais (NoSQL): Lidam com dados desestruturados ou semiestruturados, como imagens ou textos de redes sociais. Usam formatos como chave-valor ou grafos e são amplamente aplicados em big data. Exemplos incluem MongoDB e Redis. 

A Receita Federal, por exemplo, utiliza bancos relacionais, como o Oracle Database, para gerenciar o sistema de arrecadação tributária e cruzar informações do Imposto de Renda. 

Assim como, o Sistema Único de Saúde (SUS) que utiliza o Microsoft SQL Server, eles são usados para registrar e consultar dados de atendimentos no SUS, facilitando a gestão de serviços de saúde. 

No setor público, bancos relacionais são predominantes, mas bancos não relacionais vêm ganhando espaço em projetos que exigem flexibilidade e escalabilidade. 

Principais tipos de bancos de dados 

Os bancos de dados podem ser classificados de várias formas, dependendo de suas características e aplicações. Os principais tipos incluem: 

1. Relacionais 

Os bancos de dados relacionais armazenam informações em tabelas organizadas em linhas e colunas. Ideais para dados estruturados e situações que exigem consistência. 

  • Exemplos: MySQL, Oracle, Microsoft SQL Server e PostgreSQL. 
  • Aplicações no setor público: Sistemas de arrecadação de impostos, cadastros de cidadãos e folhas de pagamento. 

2. Não Relacionais (NoSQL) 

Esses bancos são usados para lidar com dados não estruturados ou semiestruturados, como textos, imagens ou vídeos. São altamente escaláveis e flexíveis. 

  • Exemplos: MongoDB, Cassandra, Redis e Couchbase. 
  • Aplicações no setor público: Análise de big data, monitoramento de redes sociais e sistemas de vigilância epidemiológica. 

3. Distribuídos 

Os bancos de dados distribuídos armazenam informações em vários servidores, permitindo maior resiliência e acessibilidade. 

  • Exemplos: Apache Cassandra e Amazon DynamoDB. 
  • Aplicações no setor público: Redes de serviços de emergência e sistemas de registros eleitorais. 

4. Data Warehouses 

São usados para consolidar e armazenar grandes volumes de dados históricos, otimizados para consultas e análises. 

  • Exemplos: Amazon Redshift, Google BigQuery e Snowflake. 
  • Aplicações no setor público: Formulação de políticas públicas e auditorias financeiras. 

5. Bancos de Dados Orientados a Objetos 

Armazenam informações como objetos, com atributos e métodos, similar à programação orientada a objetos. 

  • Exemplos: db4o e ObjectDB. 
  • Aplicações no setor público: Simulações e modelagens complexas, como planejamento urbano. 

6. Bancos na Memória 

Armazenam dados na memória RAM para acesso ultrarrápido, sendo ideais para sistemas que exigem alta performance. 

  • Exemplos: Redis e Memcached. 
  • Aplicações no setor público: Sistemas de resposta em tempo real, como serviços de emergência. 

7. Bancos Multimodelo 

Combinam diferentes estruturas de dados em um único banco, permitindo maior flexibilidade. 

  • Exemplo: ArangoDB. 
  • Aplicações no setor público: Gestão integrada de informações em projetos multidisciplinares. 

Por que equipamentos modernos ajudam no uso de banco de dados no setor público 

O uso de equipamentos modernos no setor público torna o trabalho com bancos de dados mais rápido e eficiente. Processadores potentes, discos SSD e servidores de última geração permitem processar grandes volumes de dados em menos tempo, evitando lentidão e melhorando o atendimento à população. 

Assim, esses equipamentos aumentam a segurança das informações. Sistemas mais avançados ajudam a proteger dados contra invasões e vazamentos, garantindo que os registros dos cidadãos fiquem protegidos. 

Do mesmo modo, outro ponto-chave é a integração de dados entre diferentes órgãos públicos. Equipamentos de alta performance tornam possível a criação de cadastros unificados e permitem que serviços sejam oferecidos de forma mais ágil, conectada e organizada. 

Nesse sentido, a Mtec se dedica a apoiar instituições públicas. Há 39 anos, fornecemos os melhores equipamentos do mercado para órgãos de todo o Brasil, garantindo uma gestão de dados mais eficiente e segura. 

Garanta a segurança dos seus dados do setor público com os equipamentos da Mtec. Tecnologia de última geração que atende todos os critérios de segurança cibernética e banco de dados. 

Qual a relação de banco de dados com a LGPD? 

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) regula o uso de informações pessoais no Brasil, afetando diretamente o uso de bancos de dados no setor público. 

Entre os principais pontos de atenção, destacam-se: 

  • Finalidade: Dados devem ser coletados apenas para fins legítimos e claramente definidos. 
  • Consentimento: O uso de informações pessoais exige autorização, exceto em casos previstos por lei. 
  • Segurança: Medidas técnicas e administrativas devem ser adotadas para proteger os dados contra acessos não autorizados. 

No setor público, a conformidade com a LGPD fortalece a confiança do cidadão e evita penalidades legais. 

5 dicas práticas para TI do setor público relacionado a banco de dados 

  1. Escolha o SGBD correto: Analise as necessidades específicas, como volume de dados e nível de segurança, antes de selecionar um sistema. 
  1. Implemente backups regulares: Garanta cópias de segurança automáticas para proteger informações críticas contra perdas acidentais. 
  1. Adote criptografia: Proteja dados sensíveis em trânsito e em repouso, aumentando a segurança contra violações. 
  1. Monitore o desempenho: Use ferramentas de análise para identificar gargalos e otimizar consultas em tempo real. 
  1. Capacite a equipe: Promova treinamentos contínuos sobre boas práticas de governança de dados e conformidade com a LGPD. 

Conclusão 

Os bancos de dados são indispensáveis para a modernização e eficiência no setor público. Sua aplicação, aliada a políticas robustas de governança, garante a segurança e a transparência.  

Com o avanço das tecnologias e a implementação de estratégias como a transformação digital, o setor público tem a oportunidade de se tornar mais ágil e eficaz no atendimento às demandas da sociedade. 

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