Na condição de gestor municipal, enfrentar um ano eleitoral implica em uma série de desafios, especialmente no que diz respeito às compras públicas.
Neste guia, o objetivo é oferecer uma visão clara das obrigações legais e das restrições que moldam a conduta de líderes e gestores públicos durante o período eleitoral, seguindo critérios do TSE e da Lei brasileira.
O texto visa auxiliar o gestor municipal a manter os atos e procedimentos de sua administração em conformidade com a lei, enquanto gerenciam recursos públicos. Um desafio e tanto em época de inteligência artificial e modernização de processos.
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O que um gestor municipal precisa se atentar em ano eleitoral?
No ano eleitoral, o gestor municipal está em busca de entender as regras de compras públicas nesse período. Compreender isso é de extrema importância na condução transparente e legal da administração.
Do mesmo modo, as eleições trazem uma série de restrições específicas, desenhadas para garantir a equidade no processo eleitoral. Bem como, temos a Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997), um dispositivo bastante rigoroso e que previne o uso de recursos públicos para influenciar indevidamente o processo eleitoral.
Entre as diversas normas que regulam esse período, por exemplo, é proibido aumentar gastos com publicidade governamental ou iniciar novos projetos que possam ser encarados como tentativas de ganhar mais votos.
Além disso, a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios é fortemente regulada, a fim de assegurar que tais ações não sejam realizadas em troca de votos.
Nesse sentido, o gestor municipal deve estar atento para não ultrapassar os limites estabelecidos, o que poderia colocar em risco sua posição e a validade das eleições.
A transparência e a aderência às normas legais são, portanto, mais importantes do que nunca.
Afinal, é proibido realizar licitações em período de eleições municipais?
A realização de licitações durante o período eleitoral é um tópico frequentemente mal interpretado. Enquanto muitos acreditam que tais atividades são totalmente proibidas, a verdade é que elas podem continuar. Contanto que sigam as normas estabelecidas para garantir a justiça e a imparcialidade do processo.
Licitações necessárias e previamente agendadas devem prosseguir, mas é fundamental que não sejam manipuladas para beneficiar qualquer candidato ou partido.
Dessa forma, a transparência e a objetividade nas justificativas para essas licitações são essenciais para manter a confiança pública e evitar acusações de corrupção ou favorecimento.
Ou seja, é possível sim, realizar adesões a atas de registro de preço e licitações no período eleitoral
Além disso, todas as licitações devem ser conduzidas de maneira a não influenciar o resultado do pleito. Isso significa evitar grandes inaugurações ou o lançamento de projetos significativos, que poderiam ser interpretados como uma estratégia para ganhar votos.
O gestor municipal deve ser cauteloso e assegurar que todas as atividades de licitação sejam justificadas, necessárias e realizadas de acordo com a lei. Atividades essas que prezam a continuidade do serviço público.
Evitar qualquer percepção de manipulação durante este período sensível é crucial para a integridade tanto das eleições quanto da administração pública.
Por fim, seguem algumas orientações:
- É permitida a continuação de projetos e licitações já iniciados, desde que não sejam alterados para beneficiar candidaturas;.
- A manutenção de serviços essenciais deve prosseguir para evitar prejuízos à população;
- Novas licitações podem ser realizadas, contanto que se mantenham estritamente necessárias e justificadas;.
- O gestor municipal deve assegurar que todas as ações sejam documentadas detalhadamente para garantir transparência e conformidade legal.
Como ser um bom gestor municipal em época de eleições
As regras eleitorais limitam o uso do poder público antes das eleições para evitar que os recursos sejam usados como vantagem política. Durante esse período, o gestor municipal precisa gerir os recursos públicos de maneira eficaz, garantindo que todas as ações sejam legais e justas. Este é um momento de equilibrar a inovação com o cumprimento rigoroso das leis.
Paralelamente, a Lei de Responsabilidade Fiscal é outra norma a impor limites, especialmente ao final dos mandatos. Na prática, a norma veda a realização gastos que ultrapassem a duração dos mandatos, evitando dívidas para futuras administrações.
Essas medidas garantem a saúde financeira das cidades.
Apesar dessas limitações, ainda existem oportunidades significativas para os gestores realizarem contratos e investimentos, especialmente em áreas que envolvem acordos de longo prazo, como parceria público-privada (PPP) e concessões.
Assim, essas iniciativas permitem o desenvolvimento contínuo sem violar as normas eleitorais ou fiscais.
Os gestores devem planejar com atenção e agir dentro das leis para liderar suas cidades durante os períodos eleitorais. Com planejamento e compreensão das leis, é possível gerir efetivamente e trazer melhorias significativas para a comunidade.
Principais mudanças nas eleições municipais para esse ano
As eleições municipais de 2024 estão trazendo algumas mudanças significativas que prometem impactar a forma como as campanhas são conduzidas no Brasil.
Duas das principais alterações dizem respeito ao uso da tecnologia na publicidade política e à regulamentação do uso de inteligência artificial (IA) durante o período eleitoral.
Primeiramente, o Google anunciou uma mudança importante: a proibição de toda publicidade política em suas plataformas para as eleições municipais deste ano. Essa decisão afeta diretamente a estratégia de campanhas digitais, pois limita o alcance das propagandas políticas online, uma ferramenta que tem sido cada vez mais utilizada pelos candidatos para atingir o eleitorado.
Tal medida visa combater a desinformação e garantir um processo eleitoral mais justo e equilibrado, impedindo que recursos financeiros volumosos dominem o ambiente digital e influenciem indevidamente os eleitores.
Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apresentou novas normas sobre o uso de inteligência artificial nas eleições, que foram discutidas no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF).
Conclusão
À medida que nos aproximamos de um ano eleitoral, o gestor municipal enfrenta desafios únicos, especialmente ao lidar com compras e licitações públicas.
As leis são claras e exigem que todas as ações sejam feitas com transparência. É vital que os gestores sigam essas regras para evitar problemas legais e manter a confiança do público.
Do mesmo modo, a tecnologia tem um papel crescente na gestão municipal, introduzindo novos métodos que os gestores precisam dominar. No entanto, é crucial que eles equilibrem inovação com o cumprimento das leis. Fazer isso garante que a administração pública possa servir bem à comunidade sem violar diretrizes eleitorais.
Por fim, para os gestores que procuram cumprir com as obrigações legais e otimizar os processos de compras e licitações municipais, atendendo ao critério do menor preço é fundamental conhecer as ferramentas disponíveis.
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