Considerada por muitos o principal vetor do desenvolvimento de uma sociedade, a educação também está em constante aprimoramento. Nos dias de hoje, a evolução tecnológica oferece um vasto leque de oportunidades para transformar as formas como aprendemos e ensinamos, proporcionando um ensino mais inclusivo e eficiente. Mesmo com tantas possibilidades, no entanto, ainda é preciso transformá-las em ação – afinal, só assim se obterá os resultados desejados. 

Por sua vez, para que isso aconteça, é necessário que os agentes envolvidos, tanto na esfera pública quanto privada, se conscientizem não só sobre a importância de adotar ferramentas inovadoras, mas também sobre como fazê-lo com êxito. Esse último, na verdade, costuma ser o maior desafio, uma vez que os recursos costumam ser limitados e, consequentemente, é necessário aplicá-los com muito estudo e planejamento. 

No artigo de hoje, esperamos ajudar nessa tarefa. A seguir, descubra mais sobre o papel da tecnologia na educação e de quais formas já é possível inovar no ensino, seja dentro ou fora da sala de aula. Além disso, aproveite a leitura para ver também: 

  • Tecnologia na educação continuará sendo fundamental no cenário pós-COVID; 
  • Metodologias ativas: o que são e como implementar com tecnologias imersivas; 
  • Plataformas de e-Learning são aliadas para o período fora da sala de aula; 
  • Inteligência Artificial: ameaça ou aliada para os agentes de ensino? 

Tecnologia na educação continuará sendo fundamental no cenário pós-COVID 

Agora um acontecimento do passado, a pandemia da COVID-19 produziu mudanças e consequências que vivemos até hoje, sobretudo na saúde, mas também na educação. Em todo o globo, a falta do ensino presencial exigiu esforços de alunos, professores e responsáveis, mas também acelerou a adoção de soluções digitais – aumentando o reconhecimento acerca do papel crucial da tecnologia na educação. 

Em questão de semanas, as lideranças educacionais se viram obrigadas a implementar alternativas cuja adoção se estipulava em anos, a exemplo do ensino remoto. Com medidas tomadas em caráter emergencial, muitas ações se mostraram passíveis de críticas e aprimoramentos. Por outro lado, mesmo quando não implementada da forma ideal, a mera presença da tecnologia permitiu dar continuidade ao ensino, além de mostrar diversas oportunidades a serem exploradas.  

É justamente neste cenário, ou seja, uma vez que a crise sanitária não é mais uma preocupação global, que podemos validar – e, principalmente, superar – as alternativas tomadas durante a pandemia. Para isso, o primeiro passo é listar alguns pontos em que a tecnologia na educação tem se mostrado de grande auxílio. Confira a seguir: 

  • Acessibilidade e inclusão: graças à capacidade de distribuir informação em escala, a tecnologia pôde (e pode) ajudar a superar barreiras geográficas e econômicas permitindo o acesso à educação em áreas remotas ou desfavorecidas. 
  • Aprendizagem híbrida: a pandemia mostrou a importância da flexibilidade e da adaptação ao ambiente de aprendizagem. A tecnologia permite a implementação da aprendizagem híbrida, combinando atividades presenciais e online, de um modo que se possa expandir a concepção de sala de aula. 
  • Recursos Interativos: Uma ampla gama de recursos interativos, como vídeos, simulações, jogos educacionais, ou mesmo a realidade virtual, podem tornar a aprendizagem mais envolvente e significativa. Essas ferramentas auxiliam na visualização de conceitos complexos, incentivam a participação ativa dos alunos e promovem a criatividade e a colaboração. 
  • Personalização e adaptação: Com o auxílio de soluções de ensino remoto, inteligência artificial e interatividade, é finalmente viável oferecer uma educação mais personalizada, adaptada às necessidades de cada perfil de aluno.  

 

Em resumo, a pandemia evidenciou o potencial transformador da tecnologia na educação. Após esse período, é fundamental que novas soluções continuem sendo desenvolvidas, implementadas e aprimoradas – sobretudo porque, apesar de todos os esforços, a crise sanitária também deixou um legado de defasagem no cronograma educacional.  

Para o futuro, estima-se também que, para além das capacidades técnicas já exigidas atualmente, algumas habilidades socioemocionais também se tornarão mais importantes, seja no mercado de trabalho ou na jornada acadêmica. A informação é do relatório Future of Jobs, do Fórum Econômico Mundial, que aponta o pensamento crítico, a resolução de problemas, a gestão de pessoas e a criatividade como as soft skills – habilidades interpessoais – mais valorizadas na vida em comunidade.  

Mais do que nunca, o desenvolvimento dessas competências dependerá do emprego de recursos diversificados, que tornem as metodologias educacionais mais eficazes. E, para além dos componentes essenciais dessa equação, quer seja, o aluno e o professor, é certo que a tecnologia terá um papel importante.  

Nos trechos a seguir, confira o que vem sendo apontado como tendência por especialistas do ramo – e como diferentes soluções tecnológicas podem auxiliar a preparação de gestores e líderes educacionais. 

Metodologias ativas: como implementar com tecnologias imersivas 

Discussão constante na comunidade docente, as metodologias ativas, quer seja, aquelas que colocam o aluno como protagonista do processo de aprendizagem, seguem no radar para o futuro do ensino. Com a ajuda da tecnologia atual, no entanto, estima-se que as ferramentas necessárias para adotar essas práticas estejam mais disponíveis do que nunca.  

Uma amostra disso são os tablets, que apresentam possibilidades inéditas não só para dentro, mas, principalmente, para fora da sala de aula. A partir desses dispositivos, os alunos podem ter acesso a recursos audiovisuais que transformam a aprendizagem. Numa aula de geometria, por exemplo, é possível não só descobrir as teorias e fórmulas matemáticas, mas visualizar sua aplicação prática. 

Caso seja possível que o aluno leve o dispositivo para casa, a ferramenta se torna ainda mais poderosa, uma vez que permitirá descobrir e estudar o mundo mesmo fora da sala de aula. E para aqueles que se preocupam com a hipótese de um uso indevido desses aparelhos, é válido citar que equipamentos modernos possuem travas de software – que não só permitem bloquear o acesso a certas páginas e apps, mas também monitoram a atividade do usuário, fornecendo relatórios periódicos. 

Da mesma forma, outra ferramenta poderosa são as lousas virtuais, muitas vezes possibilitadas por projetores interativos. Com a ajuda delas, uma aula de história convencional pode se tornar um tour por um local histórico, permitindo aos estudantes vivenciar o passado como se estivessem lá. Noutro contexto, uma aula de biologia ou de anatomia pode ganhar um foco completamente diferente, explorando as minúcias do corpo humano antes de uma visita ao laboratório, por exemplo. 

Em resumo, as possibilidades são diversas – e a tecnologia na educação já pode torná-las realidade. 

Plataformas de e-Learning são aliadas para o período fora da sala de aula  

A ascensão das metodologias de ensino à distância, a exemplo dos formatos híbrido e remoto, nos mostrou que a aprendizagem não precisa se restringir ao ambiente físico da escola. Noutras palavras, muito embora o ensino presencial cumpra um papel fundamental na educação, especialmente no início da vida escolar, as ferramentas online são um complemento bastante eficaz para expandir o conceito de sala de aula.  

No ambiente escolar, crianças e jovens contam com uma série de recursos capazes de prender sua atenção, direcionando o foco para a explicação do professor. Já em casa, a realidade nem sempre é a mesma. É nesse cenário que os recursos audiovisuais, somados a metodologias de ensino inovadoras, oferecem um conteúdo dinâmico e atrativo – o "dever de casa", por exemplo, nunca pôde ser tão divertido e interessante. 

E por falar em diversão, as plataformas de e-learning viabilizam outra tendência crescente no setor: a gamificação. Consagrado por estimular a criatividade e o engajamento dos alunos, esse conceito educacional se baseia em adaptar certas dinâmicas oriundas dos jogos – e no caso dos ensinos remoto ou híbrido, a possibilidade de combiná-lo a recursos audiovisuais só amplia suas vantagens. 

Ao mesmo tempo, também conforme já fora dito, tanto o ensino remoto quanto o híbrido ainda tornam a educação mais acessível e inclusiva, uma vez que facilitam o acesso aos estudos. Para um aluno PcD ou que sofra com barreiras geográficas, por exemplo, essa pode ser a diferença entre poder ir à escola ou não. Já para um aluno em ED – Regime de Exercícios Domiciliares, as plataformas online também podem contribuir com mais comodidade e praticidade na hora de realizar tarefas. 

Inteligência Artificial: ameaça ou aliada para os agentes de ensino? 

Outra tendência para a tecnologia na educação, a Inteligência Artificial tem promovido um debate entre a comunidade pedagógica. Por um lado, muitos argumentam que a ferramenta permite burlar a realização de tarefas, motivo pelo qual seu uso deveria ser desestimulado ou mesmo vedado. Por outro, há quem defenda que o melhor caminho é se adaptar à existência dessas ferramentas, promovendo novos tipos de atividades avaliativas. 

Muito embora ambos os lados tenham sua parcela de razão, fato é que as IAs generativas, como são chamadas, vieram para ficar.  

De forma resumida, esses mecanismos coletam e processam uma enorme quantidade de informações, estabelecendo relações estatísticas entre os dados – o que, por sua vez, as permite reproduzir alguns conceitos. A partir dessa análise, é possível compreender o ChatGPT como uma espécie de Google, mas que fornece a resposta pronta e por extenso, em vez de exibir uma lista de onde seria possível encontrá-la.  

Mas apesar de oferecer respostas bastante coesas e convincentes, nada impede que o ChatGPT – e seus similares – reproduzam inverdades ou mitos. Além disso, o uso da ferramenta também suscita outras questões, como a falta de referências às fontes e o fornecimento de explicações rasas, que não se aprofundam nos conceitos citados ou que, na maioria das vezes, não mencionam dados qualitativos ou quantitativos que as reforcem. 

Mas uma vez conhecidas essas limitações da ferramenta (que não são as únicas), é possível desenvolver atividades avaliativas que as explorem e, paralelamente, incentivem uma pesquisa mais eficiente por parte do estudante. Num contexto prático, por exemplo, é possível solicitar ao estudante que verifique as afirmações trazidas pela ferramenta, aponte suas possíveis fontes e se aprofunde sobre suas explicações com exemplos do mundo à sua volta.  

Dessa forma, a IA passa a ser usada em sua melhor forma: como um recurso, permitindo que o aluno supere as técnicas tradicionais para uma pesquisa escolar. Adicionalmente, ainda é possível explorar outras funcionalidades. O próprio ChatGPT, por exemplo, lista uma série de formas de empregá-lo no ensino, incluindo utilizá-lo para revisar redações, pedir sugestões para projetos criativos, elaboração de resumos e respostas a perguntas. 

Adoção de soluções tecnológicas é imperativa, mas requer uma infraestrutura compatível 

Conforme podemos concluir, vivemos um momento único em termos de paradigma tecnológico e possibilidades de inovação no ensino. Ainda assim, a máxima apresentada no início de nosso artigo persiste: a maior dificuldade reside em materializar essas possibilidades de forma efetiva e eficiente, o que começa pela capacitação dos profissionais envolvidos e, na sequência, pelo investimento em uma infraestrutura tecnológica compatível. 

Nesse último caso, o ideal é contar com quem não só entende do assunto, mas dispõe de uma ampla variedade de soluções. Na Mtec, mantemos o maior banco de Atas de Registro de Preços do mercado, disponibilizando tudo o que líderes e gestores precisam para alavancar a tecnologia na educação. Procure um dos nossos consultores e saiba mais!