A inovação tecnológica tem o potencial de produzir resultados positivos em todas as suas áreas de aplicação. Contudo, se há um segmento especialmente privilegiado pelo investimento em tecnologia, certamente, é o da saúde. Da telemedicina ao Big Data, são vários os casos em que, para além de otimizar os processos médicos, esses avanços salvam vidas e levam bem-estar aos pacientes.
No contexto do setor público, os desafios envolvendo a escala e a complexidade do nosso sistema de saúde podem até dificultar a adoção de certas inovações. Por outro lado, uma vez que seja corretamente endereçada, essa mesma magnitude possibilita o aprimoramento da experiência de milhões de cidadãos. E é justamente nessa virada de chave – de transformar o problema em uma solução – que a tecnologia pode ajudar.
No artigo de hoje, conheça um pouco mais sobre o papel da tecnologia na saúde pública. Fique por dentro das transformações tecnológicas em curso, das tendências futuras para o setor, além de, é claro, como você, gestor de saúde pública, pode se antecipar com o apoio de soluções inovadoras. Ao longo de sua leitura, veja também:
Um panorama atual da tecnologia na saúde pública
Durante a pandemia da COVID-19, a saúde global se viu diante de um teste sem precedentes. Como resposta, observamos um investimento igualmente inédito no desenvolvimento de vacinas e novos fármacos, mas não somente: estudos nas áreas do mapeamento genético, da robótica, da
inteligência artificial e até da análise de dados, para citar alguns, também cresceram.
Possivelmente o mais demonstrativo exemplo de transformação digital na saúde pública, a telemedicina compreende todo uso de mecanismos tecnológicos para intermediar a interação médico-paciente à distância. Na prática, portanto, uma série de práticas entram no bojo da telemedicina, incluindo consultas, diagnósticos, tratamentos e até mesmo cirurgias, essas realizadas com suporte robótico.
Para além de procedimentos
online, contudo, a inovação tecnológica também tem produzido outros resultados no setor, incluindo avanços surpreendentes no ramo da genética. Nos últimos anos, cada vez mais estudos científicos tem apontado fatores genéticos para doenças como câncer, diabetes e transtornos mentais, entre outros, o que nos permite identificar e tratar essas enfermidades com maior eficácia.
Mais do que isso, outras pesquisas também já têm trabalhado no que se chama de engenharia genética. Esse campo de atuação da biologia trabalha com a manipulação ou modificação dos genes e suas expressões, e não é exatamente uma novidade – o mesmo processo é o que possibilita os alimentos transgênicos, por exemplo. No caso de seres humanos e animais, contudo, a expectativa é de que, no futuro, consigamos reverter patologias crônicas (como o próprio câncer) de forma muito menos invasiva do que atualmente.
Em junho de 2023, o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – HCFMUSP (InCor) anunciou o
lançamento de uma plataforma que permitirá a realização de cirurgias cardíacas à distância em crianças. O projeto, realizado em colaboração entre o InCor e o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI), vem sendo desenvolvido desde 2021.
Batizada como plataforma de
Telemonitoramento do Ato Cirúrgico – TAC, a ferramenta permite transmitir imagens de alta resolução em longas distâncias. Dessa forma, especialistas podem auxiliar, em tempo real, procedimentos cirúrgicos realizados a milhares de quilômetros, normalmente em regiões remotas ou do interior.
Para além das imagens, a equipe que acompanha e auxilia o procedimento também tem acesso, em tempo real, aos dados obtidos pelos equipamentos de monitoramento do paciente, incluindo pulsação, oxigênio e outros parâmetros de vida. No futuro, espera-se que o TAC, que já foi utilizado para conduzir 15 cirurgias entre 2022 e 2023, se torne uma plataforma nacional.
Principais vantagens da inovação tecnológica na saúde pública
Mais do que possibilitar o estudo e o desenvolvimento de novos procedimentos e tratamentos, a tecnologia na saúde pública também tem impacto direto sobre o dia a dia de pacientes e profissionais do setor. Aqui, é possível citar, por exemplo, os dispositivos vestíveis (
wearables) que permitem monitorar, em tempo real e integral, parâmetros de saúde como frequência cardíaca e oxigenação sanguínea.
E não, não estamos falando dos relógios inteligentes que fazem par com nossos smartphones: são dispositivos médicos – utilizados dentro, mas também fora dos hospitais, como no caso dos pacientes em atendimento domiciliar. A seguir, confira outras vantagens da aplicação de soluções tecnológicas na saúde pública:
- Ganho de eficácia nos diagnósticos e tratamentos;
- Atendimentos mais práticos e rápidos, que agregam à experiência do cidadão;
- Redução de custos;
- Melhor gestão das atividades e demandas administrativas;
- Melhor gestão de pessoas e equipes, com ferramentas de integração;
- Melhor gestão de estoque e inventário;
- Padronização de informações e bancos de dados.
Segundo
dados da OMS, entre 20 e 40% dos gastos com saúde no mundo não refletem em benefícios para as pessoas – em outros termos, são puramente desperdiçados. Nesse sentido, é fundamental se utilizar de todos os mecanismos e recursos à disposição para garantir maior eficiência aos processos da saúde.
Tendências para o futuro e como se preparar
Apesar de já termos evoluído muito somente nos últimos anos, a inovação tecnológica na saúde, de modo geral, nunca para. Por isso, especialistas apontam para uma série de tendências tecnológicas que, tal qual em outros ramos de atuação, devem produzir grandes resultados na saúde – e, por isso, devem ser acompanhadas de perto pelos gestores da área, tanto no setor público quanto privado.
A primeira delas é o Big Data – a partir da análise de grandes quantidades de dados, é possível relacioná-los e descobrir tendências. É dessa forma que o Big Data vem sendo amplamente utilizado em corporações de todo o mundo para apoiar perspectivas de mercado e tomadas de decisões. Na saúde, a tecnologia pode ajudar a compreender melhor a relação entre as patologias e outros fatores, como comportamentos de risco, predisposição genética, fatores ambientais ou sociais, entre outros.
Paralelamente, com o apoio da Inteligência Artificial, é de se esperar que a análise preditiva de dados em saúde se torne mais intuitiva, além de mais rápida e eficiente. Isso porque, a partir de exemplos como o ChatGPT, descobrimos que essas ferramentas podem ser muito mais fáceis de usar do que jamais imaginamos.
Outra tendência em alta no mundo da saúde é a Internet das Coisas Médicas – IoMT. Da mesma forma que a IoT, esse conceito tecnológico descreve dispositivos inteligentes e conectados, capazes de trocar informações de forma ágil e fluida, o que os faz funcionar quase que como um "organismo vivo". Assim, a partir do cruzamento das informações captadas, é possível ter uma visão sistêmica sobre a saúde de cada paciente.
Mais do que apenas conhecer essas novidades, porém, é necessário que os gestores de saúde pública saibam como, por que e quando implementá-las – só assim é possível garantir que o investimento tecnológico na saúde pública refletirá em benefícios concretos para o cidadão.
Da mesma forma, é necessário considerar que, antes de adotar tecnologias como a Internet das Coisas Médicas, ou mesmo soluções mais simples, como as plataformas de atendimento virtual, é necessário que o poder público faça uma avaliação e, sendo necessário, uma renovação de sua infraestrutura tecnológica – visto que essa é quem suportará as soluções mais sofisticadas, com as quais o cidadão e os profissionais de saúde estarão em contato.
Nesse sentido, antes de tudo, é preciso avaliar o estado das estações de trabalho,
computadores, servidores de TI, equipamentos de rede e de energia das unidades de saúde. Da mesma forma, é preciso ter pessoal capacitado para lidar com esses dispositivos, tanto no contexto do atendimento ao público, quanto no contexto de um eventual reparo ou manutenção.
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